Piloto morto em Alagoas tinha ligação com o maior cartel da Irlanda e chegou a faturar R$ 120 milhões


O piloto australiano Timothy James Clark, de 46 anos, morto em um acidente aéreo em Coruripe (AL), mantinha ligações com o Kinahan Cartel, considerado o maior grupo criminoso da Irlanda e um dos mais influentes na Europa.

A aeronave que ele pilotava caiu em setembro deste ano, transportando cerca de 195 quilos de cocaína. O corpo de Clark foi identificado oficialmente pelo Instituto Médico Legal de Alagoas no dia 24 de outubro.

De acordo com investigações conduzidas por veículos internacionais — como o Daily Mail, o The Age e a plataforma investigativa Bellingcat —, Clark trabalhava em parceria com três membros do cartel irlandês em operações de tráfico internacional.
As apurações apontam que ele teria acumulado uma fortuna estimada em R$ 120 milhões com voos ilegais que transportavam drogas.

Conhecido entre comparsas pelo codinome “John Smith”, o piloto mantinha perfis ativos em plataformas digitais, nos quais deixava comentários e postava fotos de viagens — atitude considerada inusitada para alguém envolvido em atividades criminosas.

Clark também era sócio do empresário alemão Oliver Andreas Herrmann, investigado na Austrália por tráfico de drogas. Herrmann foi flagrado com 200 quilos de cocaína, além de equipamentos de aviação, óculos de visão noturna e uma carteira de criptomoedas, segundo a polícia australiana.

O caso segue sob investigação, e autoridades de diferentes países buscam mapear a rota usada pela organização criminosa para o envio de drogas entre a América do Sul, a Europa e o Oriente Médio.

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