Brasil celebra os 133 anos de nascimento de Graciliano Ramos


Nesta segunda-feira (27), o Brasil celebra os 133 anos de nascimento de Graciliano Ramos, um dos maiores nomes da literatura nacional. Nascido em 1892, na pequena cidade de Quebrângulo, em Alagoas, o escritor marcou gerações ao retratar com profundidade o sertão nordestino, as desigualdades sociais e a complexidade da alma humana.

Autor de clássicos como Vidas Secas, São Bernardo e Memórias do Cárcere, Graciliano é reconhecido por sua escrita precisa, seca e contundente, que deu voz aos oprimidos e transformou a realidade dura do sertão em arte.

Filho de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos, foi o primeiro de quinze irmãos. Viveu parte da infância em Pernambuco e, mais tarde, em Viçosa (AL), onde estudou em internato e publicou seu primeiro conto ainda adolescente.

Em 1910, mudou-se com a família para Palmeira dos Índios, onde seu pai abriu uma loja de tecidos. Mais tarde, Graciliano se mudou para o Rio de Janeiro e trabalhou como revisor em jornais importantes da época, como Correio da Manhã e A Tarde.

De volta a Alagoas, assumiu cargos públicos e chegou a ser prefeito de Palmeira dos Índios — período em que redigiu relatórios tão bem escritos que chamaram a atenção do meio literário e abriram caminho para a publicação de suas obras.

Preso em 1936 durante o governo Vargas, Graciliano transformou a experiência de cárcere em uma de suas maiores obras: Memórias do Cárcere, publicada postumamente em 1953.

Mais de um século depois, sua literatura continua viva, estudada em escolas e universidades, e lida por leitores que ainda se reconhecem nas dores, silêncios e esperanças retratados por ele.

Graciliano Ramos segue sendo, acima de tudo, a voz mais humana e crítica do sertão brasileiro.

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