Maioria dos deputados de Alagoas apoia urgência para projeto da bancada cristã


A maior parte da bancada federal de Alagoas votou a favor do pedido de urgência para o projeto que cria oficialmente a bancada cristã na Câmara dos Deputados. O requerimento foi aprovado na noite de quarta-feira (22) com 398 votos favoráveis, 30 contrários, 3 abstenções e 81 ausências.

Com a aprovação da urgência, a proposta poderá ser votada diretamente no plenário, sem precisar passar pelas comissões temáticas — o que acelera significativamente sua tramitação.

O que prevê o projeto

A proposta busca institucionalizar a bancada cristã no Congresso Nacional, dando-lhe estrutura formal e cargos de coordenação. O texto estabelece um coordenador-geral e três vice-coordenadores, responsáveis por articular ações e defender pautas “baseadas em valores cristãos”.

Defensores do projeto afirmam que a medida dá representatividade a uma parcela expressiva da população e fortalece o diálogo entre fé e política. Críticos, por outro lado, apontam risco de mistura entre religião e Estado, o que contraria o princípio constitucional da laicidade.

Como votaram os deputados alagoanos

Dos nove deputados federais de Alagoas, sete votaram a favor do pedido de urgência:

  • Alfredo Gaspar (União)

  • Daniel Barbosa (PP)

  • Delegado Fábio Costa (PP)

  • Luciano Amaral (PSD)

  • Marx Beltrão (PP)

  • Paulão (PT)

  • Rafael Brito (MDB)

Os deputados Arthur Lira (PP) e Isnaldo Bulhões (MDB) não registraram voto, sendo contabilizados como ausentes.

Apoio partidário

A votação mostrou ampla adesão de diversos partidos à proposta. Siglas como PL, PP, PSD, Podemos, PSDB, Solidariedade, PRD, Novo, PV, Cidadania e Rede registraram apoio unânime.
Entre os petistas, 56 votaram a favor e 10 foram contrários. Já o PSOL foi o único partido com 100% de votos contrários à urgência.

Próximos passos

Com a urgência aprovada, o projeto será pautado diretamente no plenário da Câmara. Ainda não há data definida para a votação do mérito, mas a expectativa é de que o tema provoque novo debate entre parlamentares de diferentes correntes ideológicas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *