Kel Ferreti e mais oito viram réus por organização criminosa e exploração de jogos de azar
A Justiça de Alagoas recebeu a denúncia do Ministério Público contra o influenciador digital e ex-policial Kel Ferreti e outras oito pessoas, acusadas de integrar uma organização criminosa voltada à exploração de jogos de azar, loteria ilegal, lavagem de dinheiro e crimes contra a economia popular.
De acordo com o Ministério Público, Ferreti seria o líder do grupo, responsável por controlar a parte financeira, os pagamentos e a divisão dos lucros das chamadas rifas ilegais online. Entre os denunciados também estão sua ex-esposa, Myla Andrade Duarte Rocha, e os influenciadores Igor Campioni de Meneses — conhecido como Pai do Orgânico—, Laís Cristina Oliveira Inácio e Eduardo Veloso da Silva Aguiar.
As investigações apontam que os sorteios eram realizados sem qualquer autorização legal, com a distribuição dos lucros feita por meio de transferências via PIX. Segundo o MP, Laís Cristina ficava com 50% do valor arrecadado; Ferreti, com 20%; Igor e Eduardo, com 10% cada; e o restante era destinado à taxa do site.
O esquema teria movimentado valores expressivos, incompatíveis com as rendas declaradas pelos envolvidos. Empresas como a KP Publicidade LTDA, ligada a Ferreti e Igor, teriam sido utilizadas para ocultar e lavar o dinheiro obtido com as rifas.
Durante o processo, Igor Campioni firmou acordo de colaboração premiada, mas o pedido de perdão judicial ainda não foi aceito pela Justiça. Com o recebimento da denúncia, os réus serão citados para apresentar defesa no prazo de dez dias, e o caso seguirá para a fase de instrução e produção de provas.