Quarenta anos sem Altemar Dutra: filho relembra histórias e legado do ‘Trovador das Américas’

“Sentimental eu sou/ Eu sou demais/ Eu sei que sou assim/ Porque assim ela me faz.” É impossível ouvir esses versos de Sentimental Demais e não lembrar da voz única de Altemar Dutra, um dos maiores intérpretes da música romântica brasileira. Neste 9 de novembro, completam-se 40 anos da morte do cantor, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) durante uma apresentação em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Nascido em 6 de outubro de 1940, em Aimorés (MG), Altemar Dutra deixou um legado que transcende gerações e, neste Dia dos Pais, a saudade se mistura à gratidão pelo exemplo que ele foi para seus filhos e para todo o Brasil.

Altemar Dutra Júnior, seu filho e cantor com quase 29 anos de carreira, recorda com emoção a relação com o pai e os ensinamentos que recebeu.

“Quando meu pai faleceu, eu tinha apenas 14 anos e ainda não entendia a dimensão da importância dele para tantas pessoas. Com o tempo, percebi que ele era muito mais do que meu pai — era uma referência para a família brasileira. Pouco antes de sua viagem aos Estados Unidos, onde ele morreu, ele comemorou 20 anos de carreira. Estar ali, no Teatro Franco Zampari em São Paulo, vendo ele tão feliz, foi uma das lembranças mais marcantes da minha vida.”

Sobre a infância ao lado do “Trovador das Américas”, Altemar Júnior conta:

“Eu e minha irmã acompanhávamos muito meu pai, mesmo em lugares onde não podíamos entrar, ficávamos escondidos no camarim ou dentro do carro. Ele tinha um programa semanal na Rádio Cacique de Sorocaba e eu adorava ir lá, andar pela discoteca procurando discos. Aqueles momentos foram a minha escola — ver a generosidade e a simplicidade dele, mesmo com tanto talento. Ele era um homem amado pelo povo, mas para mim, sempre foi meu pai.”

Neste Dia dos Pais, a lembrança de Altemar Dutra é também uma celebração do amor, do exemplo e da música que ainda emociona milhares de brasileiros. A voz sentimental que ele deixou para o mundo segue viva, como um abraço que nunca se desfaz.

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