Marluce Caldas processa advogada Adriana Mangabeira por postagem em redes sociais
A procuradora de Justiça de Alagoas, Maria Marluce Caldas Bezerra, que na última semana foi indicada pelo presidente Lula para vaga no STJ, move uma ação penal e pedido de indenização contra a advogada Adriana Mangabeira Wanderley.
Contexto do conflito
Em 16 de julho de 2025, Adriana ingressou com uma queixa-crime contra Marluce no Tribunal de Justiça de Alagoas, acusando-a de denunciação caluniosa, abuso de autoridade e falsidade ideológica, além de requerer liminar para suspender a sabatina da procuradora no Senado. Em contrapartida, a equipe jurídica de Marluce requer uma indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil e a exclusão de publicações críticas feitas por Adriana nas redes sociais.
Principais acusações
Por parte de Adriana Mangabeira:
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As ações judiciais foram uma tentativa de Marluce de silenciar críticas políticas por meio do Judiciário, violando o direito à liberdade de expressão;
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A advogada afirma que foram utilizados dados sigilosos (declarações de Imposto de Renda) em petições judiciais, o que configuraria abuso de dados e violação de sigilo fiscal;
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Com base em decisão judicial recente, ela pediu tramitação prioritária por ser portadora de Doença Renal Policística
Por parte de Marluce:
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Solicitação de R$ 50 mil por danos morais e remoção de publicações tidas como ofensivas ou caluniosas.
Riscos institucionais e jurídicos
A defesa de Adriana alerta ainda que prosseguir com a sabatina sem aguardar o desfecho do processo penal pode comprometer a moralidade, probidade e o princípio da impessoalidade na administração pública. Já a nomeação de Marluce ao STJ, anunciada recentemente, ganhou contornos políticos por conta dos vínculos familiares ao prefeito de Maceió (seu sobrinho João Henrique Caldas), o que reforça o debate sobre lawfare — uso da Justiça como instrumento de perseguição política