Homem preso por agiotagem é o principal suspeito de matar ex-cunhada

Gilberto Valois da Silva Junior, de 56 anos, é o homem que está sendo apontado como o principal suspeito de mandar matar a ex-cunhada para vingar a irmã dela por não aceitar o fim do relacionamento. O homem já foi preso por agiotagem, em 2019, após ter sido flagrado com 48 cartões de terceiros, sacando dinheiro em uma agência bancária na Pitanguinha.

Uma denúncia do Ministério Público de Alagoas, datada de 13 de junho de 2020, aponta Gilberto como autor de crime descrito no artigo 4ª, alínea “a”, da Lei nº 1.512/1951 do Código Penal, conhecido popularmente como agiotagem.

Segundo a denúncia do MPE, no dia 9 de novembro de 2019, a polícia recebeu uma denúncia de que dois homens estavam sacando dinheiro com vários cartões numa agência bancária.

A polícia se dirigiu ao local e abordou os dois suspeitos, sendo um deles Gilberto Valois da Silva Júnior. Com ele, os policiais encontraram R$ 4 mil e vários cartões, consta a denúncia.

Ainda de acordo com o MPE, ao questioná-lo sobre o que estava acontecendo, Gilberto disse que fazia empréstimo de dinheiro a juros e que os cartões foram dados a eles como garantia de pagamento.

Em seguida, os policiais realizaram uma busca no veículo de Gilberto e dentro do carro encontraram 48 cartões de 48 pessoas diferentes e mais R$ 33.609. Todo esse material foi apreendido e o homem foi preso em flagrante.

A agiotagem é a concessão de empréstimo para terceiros com cobrança de juros ou taxas acimas daquelas permitidas pela lei.

“Cobrar juros, comissões ou descontos percentuais, sobre dívidas em dinheiro superiores à taxa permitida por lei; cobrar ágio superior à taxa oficial de câmbio, sobre quantia permutada por moeda estrangeira; ou, ainda, emprestar sob penhor que seja privativo de instituição oficial de crédito”, define o Código Penal.

A vítima do feminicídio é Silvana de Morais Amorim. Ela foi assassinada a tiros na porta de casa, no bairro do Jacintinho, em Maceió, na noite de quinta-feira (23). Ele foi preso pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Assim que foi morta, a irmã dela e ex-mulher de Gilberto procurou à Associação AME, que atende mulheres vítimas de violência doméstica, e o denunciou, afirmando que ele a ameaçava constantemente e também dizia que ia matar a irmã dela.

“Ele sempre dizia que a única pessoa que eu tinha na face da terra era ele. Eu não queria ele mais. Ele estava infernizando a minha vida. Ele andava me perseguindo. Ele matou minha irmã porque ela me apoiava”, contou a ex-mulher do homem à advogada Júlia Nunes, presidente da Associação AME.

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