Caminhões retidos, doação de Neymar… Veja as fake news sobre o RS

 

As enchentes no Rio Grande do Sul têm sido acompanhadas por uma onda de desinformação. Só na última semana, o Boatos.org desmentiu 10 fake news sobre o assunto. Neste texto, listamos algumas destas histórias falsas. Para saber mais, clique nos títulos dos conteúdos.

Mensagens apontavam que a Receita Federal estaria impedindo a entrada de caminhões com doações no Rio Grande do Sul por falta de nota fiscal. A alegação foi desmentida por autoridades estaduais. Não há exigência de nota fiscal para veículos que transportam donativos para as vítimas das enchentes. Além disso, as autoridades de Santa Catarina e Rio Grande do Sul negaram qualquer bloqueio nas fronteiras

Agora, a história aponta, de forma genérica, que caminhões com doações estão sendo barrados por um motivo em especial: a falta de notas fiscais. Quem estaria fazendo isso seria a Receita Federal e a Secretaria de Fazenda do Rio Grande do Sul.

A história se espalhou por meio de muitas pessoas influentes e viralizou online com a citação de episódios em Torres (RS) e de outro sem descrição de local. Leia algumas das mensagens que estão rodando na internet.

A nossa checagem vai ser, de certa forma, uma nova visitação ao que apontamos ontem. As perguntas a serem respondidas são as seguintes: 1) É verdade que caminhões com doações estão sendo barrados no Rio Grande do Sul por falta de notas fiscais? 2) O que as autoridades do estado têm a dizer sobre a denúncia? 3) Como está sendo o procedimento para a entrada de caminhões com doações ao Rio Grande do Sul?

É verdade que caminhões com doações estão sendo barrados no Rio Grande do Sul por falta de notas fiscais?

Outra alegação que circulou na internet apontava para dois caminhões barrados ao entrar no Rio Grande do Sul com doações de água, supostamente exigindo pagamento de impostos. O governo estadual negou a informação, afirmando que todas as doações passam sem cobrança de impostos.
Boatos sobre a proibição de helicópteros e barcos nos resgates de vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, especialmente em Canoas, circularam na internet. Porém, não há evidências de proibição de helicópteros de voluntários e não há provas de que barcos estejam sendo proibidos de ajudar nos resgates. A prefeitura de Canoas, inclusive, pede a colaboração de voluntários para realizar os resgates nos bairros mais afetados.
O texto desmente três boatos relacionados às enchentes em Canoas, Rio Grande do Sul: 1) a afirmação de que 9 pessoas morreram em uma UTI na cidade, 2) a alegação de que há 2.000 corpos boiando nas enchentes, e 3) o relato sobre um bebê encontrado boiando, confundido inicialmente com uma bonequinha. O prefeito de Canoas retificou a informação sobre as mortes na UTI, esclarecendo que houve apenas dois óbitos, e o número de mortos oficialmente registrado é muito menor do que os 2.000 citados. Quanto ao caso do bebê, não há evidências que comprovem a veracidade do relato. Assim, essas afirmações são consideradas fake news ou boatos sem comprovação.
O vídeo que circula na internet, atribuído a um desmoronamento na rodovia Rota do Sol, no Rio Grande do Sul, na verdade é de um incidente ocorrido na Turquia em 2023. O deslizamento de terra ocorreu no Túnel Darıcabaşı, na Estrada Mar Negro-Mediterrâneo. Não há registros de desmoronamentos na rodovia Rota do Sol no momento. Assim, essa afirmação é considerada uma fake news.
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Não. Ontem, o Boatos.org já havia apontado que as denúncias que estão ocorrendo na internet são de vídeos retirados de contexto. No caso de hoje, a coisa é um pouco diferente: tratam-se de pessoas influentes que viram os vídeos que foram retirados de contexto e saíram falando que estão pedindo nota fiscal para doações.

Além de ser falso por conta da fonte utilizada, as autoridades do Rio Grande do Sul já negaram que estejam exigindo notas fiscais para que caminhões com doações sejam liberados.

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