CBF afirma que não aceitará mais jogos sem VAR após controvérsias contra Espanha

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, declarou que a entidade não permitirá mais que jogos da seleção brasileira aconteçam sem a presença do VAR. A decisão veio após o empate por 3 a 3 contra a Espanha, no estádio Santiago Bernabéu, onde o árbitro António Nobre assinalou dois pênaltis a favor dos anfitriões, ambos alvo de contestação por parte dos jogadores e da comissão técnica do Brasil.

A ausência do VAR surpreendeu a CBF e gerou indignação entre os jogadores, comissão técnica e dirigentes brasileiros. O presidente Ednaldo Rodrigues afirmou que levará o assunto à Fifa, buscando assegurar que não ocorram mais partidas amistosas sem a utilização da arbitragem de vídeo.

“A CBF irá comunicar à Fifa que não apenas os jogos da seleção brasileira, mas também outros amistosos, devem obrigatoriamente contar com o VAR. O futebol europeu é altamente desenvolvido, e a falta de VAR em um jogo importante é decepcionante”, ressaltou Ednaldo.

Ele explicou que a decisão de não implementar o auxílio ao árbitro foi tomada pela Federação Espanhola (RFEF) e pela UEFA.

“Cabia à confederação local, a UEFA, ser mais rigorosa. O VAR veio para ficar. A CBF o adotou em todas as suas competições, desde a Série A até as categorias de base, sendo a entidade que mais utiliza o VAR no mundo”, enfatizou.

Nos bastidores da CBF, além do pedido à Fifa, ficou estabelecido que a seleção não disputará mais jogos sem o sistema de vídeo-arbitragem.

O técnico Dorival Júnior também se manifestou, destacando que os árbitros já se habituaram a contar com essa tecnologia.

“A arbitragem mundial já está condicionada ao uso do VAR. Quando o árbitro assinalou o primeiro pênalti, pareceu que ele não tinha certeza, levando 10 segundos para marcar o ponto da penalidade”, observou.

Os jogadores também se uniram às críticas. O goleiro Bento ressaltou a importância do VAR, especialmente em jogos de alto nível. Savinho, do Girona, expressou sua surpresa por jogar sem VAR, algo inédito em sua experiência. Já o zagueiro Fabrício Bruno evitou entrar na polêmica, destacando a atuação da equipe mesmo diante das adversidades.

Andreas Pereira, acostumado ao VAR na Premier League, considerado o melhor sistema do mundo, enfatizou que os dois pênaltis contestados não teriam sido marcados se houvesse a presença do VAR. Ele ressaltou a necessidade de contar com essa tecnologia em todos os jogos.

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