Celular Seguro: Aplicativo governamental para deter roubos e proteger usuários

Por Alessandra Conceição

Previsto para ser lançado nesta terça-feira (19), o Celular Seguro é uma iniciativa do governo federal destinada a combater roubos de smartphones. A ferramenta, desenvolvida em parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e diversos bancos, permitirá que vítimas notifiquem operadoras e instituições financeiras de maneira rápida e eficiente.

No primeiro momento, o aplicativo e o site possibilitarão que usuários, previamente cadastrados, registrem uma “ocorrência” em caso de roubo, furto ou perda do celular. O alerta será enviado simultaneamente para operadoras de telefonia e bancos participantes, agilizando o processo de comunicação com as instituições.

Embora a proposta busque reduzir o tempo de resposta, alguns desafios são apontados pelos especialistas. O bloqueio imediato não é garantido, com prazos que variam entre operadoras e bancos. Além disso, a eficácia completa dependerá da colaboração de fabricantes de celulares e desenvolvedoras de sistemas, como Google e Apple, que ainda não estão listados como parceiros.

Especialistas também destacam a importância de medidas adicionais, como a inclusão de fabricantes de celulares e desenvolvedoras de sistemas no programa do governo. Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks, ressalta a necessidade de identificação não alterável do aparelho para aumentar a eficácia do sistema.

Hiago Kin, presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, alerta para possíveis mal-entendidos, destacando a importância de evitar falhas de comunicação e monitorar golpes que possam usar o nome do Celular Seguro.

O Celular Seguro planeja ampliar suas funcionalidades em janeiro de 2024, buscando parcerias com iFood, Uber, 99, Mercado Livre e Nubank. A expansão incluirá o bloqueio do chip, além do celular, para impedir o recebimento de mensagens que possam facilitar a recuperação de senhas.

Diversas entidades estão envolvidas no projeto, incluindo Anatel, ABR Telecom, Febraban, e instituições financeiras como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, e Santander, entre outros. O governo acredita que o Celular Seguro desestimulará crimes e receptação, tornando os aparelhos roubados inutilizáveis para os criminosos.

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