Descoberta arqueológica: Equipe da FPI do Rio São Francisco identifica novas pinturas rupestres em Maravilha

Por Júlia Maria

A Equipe Comunidades Tradicionais da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do Rio São Francisco fez uma descoberta surpreendente nesta terça-feira (05) ao identificar novas pinturas rupestres, ainda não catalogadas, na comunidade Sítio Flamengo, na zona rural de Maravilha, Sertão do estado. A arqueóloga Rute Barbosa, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), destacou a singularidade das pinturas, que incluem uma imagem semelhante a uma estrela em tons de vermelho e branco.

Comunidade Sítio Flamengo revela pinturas pré-coloniais inexploradas; Iphan busca preservação e cadastro legal. – Imagem: FPI do Rio São Francisco

Rute Barbosa ressaltou a necessidade de cadastrar legalmente o sítio arqueológico para garantir sua preservação. O Iphan planeja realizar análises para avaliar os impactos e definir medidas de proteção. A arqueóloga também mencionou a intenção do município de Maravilha em compartilhar a descoberta com a comunidade, mas enfatizou a importância de avaliar os danos potenciais causados por visitas antes de abrir o local ao público.

O agricultor Jackson Gomes dos Santos, morador do Sítio Flamengo, desempenhou um papel fundamental ao guiar a equipe da FPI até as pinturas rupestres. Ele expressou seu desejo de preservar o patrimônio histórico, destacando a importância da comunidade no esforço de proteção.

A descoberta despertou o interesse de instituições locais, como o Museu Paleontológico de Maravilha, cujo coordenador, Márcio Adriano, enfatizou a relevância da descoberta para estudos acadêmicos e o estímulo ao interesse dos jovens pela História e Ciência.

O antropólogo do Ministério Público Federal (MPF), Ivan Farias, e o coordenador da FPI, o promotor Alberto Fonseca, destacaram a importância da equipe Comunidades Tradicionais e ressaltaram a significância da descoberta para a preservação da história da Bacia do São Francisco.

A ação da FPI contou com a participação de diversas entidades, incluindo a Secretaria de Estado da Mulher e Direitos Humanos (SEMUDH), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Rede Mulher de Comunidades Tradicionais, INCRA, CBHSF, Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e Batalhão de Polícia Ambiental (BPA). A descoberta representa um marco significativo no resgate da história pré-colonial brasileira.

*Com informações de FPI Rio São Francisco

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *