OLHO VIVO: Os supostos descaminhos do dinheiro nas eleições em Palmeira dos Índios

Em 15 de novembro, cerca de 50.805 eleitores palmeirenses, sendo que 27.665 do gênero feminino e 23.140 homens, estão aptos a votar, e só 50%, -devido a pandemia- devem ir às urnas para escolher o prefeito, vice-prefeito e vereadores de Palmeira dos Índios.

Políticos profissionais entram em campo para tentar obter vitória nas eleições. O próprio custo das campanhas, quando estas viram uma indústria de marketing político, é cada vez mais descontrolado.

Comenta-se no município que alguns vereadores de mandato e outros sem, frequentadores de estabelecimentos comerciais e bares, ostentam quantias vultosas de dinheiro para a compra de votos, campanha praticamente de prefeito. Caso sejam flagrados, os pré-candidatos poderão ficar fora da disputa eleitoral. Vale salientar, que nem todos se conscientizaram do seu papel e da sua responsabilidade nos últimos três anos e nove meses para os que obtém mandato.

Para o pleito de 2016, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou, em âmbito nacional, o aplicativo para dispositivos móveis – smartphones e tablets – chamado Pardal, que está em pleno vigor em 2020. Essa ferramenta permite ao eleitor denunciar infrações eleitorais, por meio do envio de textos, vídeos, fotos ou áudios contendo informações que auxiliem a Justiça Eleitoral na fiscalização e na manutenção da regularidade das campanhas eleitorais.

A deformação é sistêmica. E na visão de muitos munícipes, o que não tiver acesso à recursos, simplesmente não serão eleitos. Começa a girar a grande quantidade de dinheiro no sistema eleitoral! Ops, apenas uma hipótese..

São tantos os slogans “solidários”, que traduzem as formas de apresentação de candidatos que sequer serviram um “cafezinho” ao combalido e “valorizado” eleitor: “de mãos dadas com o povo”; “guiado pelo interesse do povo”; “juntos pra valer”; “caminhando junto com você”. Tratam-se de supostas ou semelhantes apresentações que devem indicar registros simbólicos de inserção de candidatos na cidade. Evocações de pertencimentos, alusões a “ajuda à comunidade” e exemplos de compromisso fazem desse cenário de escolhas uma figuração importante para se entender o momento eleitoral como expressão de múltiplas práticas à quem nunca ajudou o município. O reconhecimento e avaliações morais devem imperar no povo palmeirense, que emergem em situação de concorrência de candidatos à Câmara.

Palmeira é filha de alguns pais e mães desnaturados, transformada num poço de deus-nos-acuda durante o período eleitoral, a começar pelo manejo e fiscalização com o público. Pensam esses, que o município é constituído em quase sua totalidade por um bando de idiotas.

Já escrevia Rousseau, no seu Contrato Social, em 1762, texto que hoje cumpre 258 anos: “O mais forte nunca é suficientemente forte para ser sempre o dono, se não transformar a sua força em direito e a obediência em dever”. Em 1997, transformou-se o poder financeiro em direito. O direito de influenciar as leis, às quais seremos todos submetidos. 

A cidade tem vereadores a fingirem, ou à representar o povo palmeirense.  Ano eleitoral, os munícipes devem ficar com os “OLHOS VIVOS”.

Lembrando que a corrupção não é uma prática registrada, contabilizada e demonstrada em balanços, relatórios, estatísticas e indicadores oficiais. Porém, qualquer que seja seu tamanho, havendo exageros ou não, é certo que os desperdícios com dinheiro público são de magnitude tal que respondem por parte da miséria, pobreza, atraso e naufrágio da ética pública.

O que deixou de ser feito nas páginas que podem ser viradas em novembro, determinam diretamente o enredo dos capítulos vindouros e que venham com mais empenho, determinação, alianças do bem, mais atos heroícos e menos vilanias. Algumas personas “non grata” fazem questão de trazer para si o papel de vilão. Talvez esqueçam o final sempre reservado a essas personagens. Sem medo, mas movidos pela burrice e cegueira pelo que é do próximo, saem dos casulos, expõem-se, mostram as garras, os planos mirabolantes, com direito a intrigas, mentiras, maledicências e traições. Não precisamos nesse espaço citar nome(s), afinal os residentes da sempre habitada vilania já estão expostos.

O povo é o principal roteirista da história que será desenhada nos próximos quatro anos, e dá sinais claros de cansaço das bravatas sem nexo, dos malandros que agem em busca de trocados alheios. Talvez seja apenas uma dica a ser seguida para os roteiristas secundários, mas também construtores da realidade e da história a ser contada lá na frente.

Recomendações, lembranças e avisos apresentados, esperamos e torcemos para que Palmeira dos Índios trilhe pelo caminho de vitórias, crescimento, reconhecimento e brilho dentro e fora da nossa igualmente querida Alagoas. Mas, isso, se o eleitor ajudar..

Fui!

 

 

 

 

 

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