Olho Vivo: A luta pelo poder e os interesses pessoais na combalida Palmeira dos Índios

Quando o prefeito Julio Cezar venceu a disputa em Palmeira dos Índios em 2016, uma espécie de mantra da política pairou no ar.  Já dizia um dos mais renomados publicitários, Duda Mendonça, “Que está provado que quem bate, perde”.

Durante entrevista na semana passada, a lanterninha da última eleição, a petista Sheila Duarte, disse no programa “A Força do Povo” que tem como âncora o radialista Marcelo Lima, ser admiradora da gestão de JC. Atendendo a máxima de Duda Mendonça, “se bater, perde”.

Ainda em entrevista, chegou a dizer que Júlio Cezar tem desempenhado um excelente trabalho em sua gestão. Ressaltou que salários de funcionários estão em dia.

Disparado nas pesquisas e na preferência popular nas eleições de 2016, o então vereador e pré-candidato, Júlio Cezar (PSB), chegou a cogitar o nome da colega de bancada para ser sua vice, porém o convite foi recusado. Nos bastidores corriam comentários que não existia confiança entre ambas as partes. Nas eleições, discursos de mudança.

É fato que Sheila Duarte desempenha um papel importante através da sua Associação de Mulheres de Palmeira dos Índios- AMPI. Porém, não contou nem mesmo com os votos dos seus associados, já que a associação conta com mais de 2 mil mulheres, e a candidata que representava essa parcela da população,  teve apenas 3.087. Talvez, por conta das mensalidades cobradas.

Alagoas sabe que a AMPI, perdeu uma importante vaga na Câmara de Palmeira dos Índios. Não sabemos se por vaidade, ou por acreditar, no inimaginável. Sem sermos hipócritas, e a bem da verdade, todo político almeja atingir o mais alto nível do seu status e – porque não dizer? –, mesmo, ao topo de uma organização ou mesmo do executivo ou legislativo. Afinal, sonhar não é pecado!

O que comenta-se nos bastidores, é que Sheila Duarte tem interesse em assumir uma pasta na atual gestão, em especial, a assistência social.

A atual gestão deve ser comparado ao governo do político grego, Sólon, considerado um dos pais da democracia porque decidiu que os postos mais importantes do governo deveriam ser ocupados apenas pelos cidadãos mais ricos.

O voto é uma forma de garantir que todo mundo tenha seus interesses representados, porém, na prática, políticos olham apenas para seus próprios umbigos.

A festa da democracia em Palmeira funciona assim: todo mundo está convidado, mas o espaço vip com bebida, fica reservado para os poucos “reis ou rainhas” do camarote que podem pagar por ele.

Promessas

Uma das afirmações de Sheila foi rebatida por dezenas de servidores do hospital de Palmeira dos Índios, -do qual ela fez parte- , que apesar de não serem funcionários da prefeitura, necessitam dos repasses em dia, o que não vinha acontecendo. “Os salários estavam sendo pagos até dia 20 de cada mês, com atraso de vinte dias. O hospital aderiu ao e-social, instrumento de unificação das informações referentes à escrituração das obrigações fiscais. Após a adesão, se o hospital pagar após o quinto dia útil do mês, a instituição será penalizada com multa que pode variar R$ 80 a R$ 100 mil reais. Agora, acredito um pouco mais que receberei em dia”, disse um funcionário.

Uma das promessas de campanha de JC, seria abrir as portas da emergência do hospital Regional Santa Rita. O que não ocorreu. O banco de sangue do Santa Rita, mesmo inaugurado, permanece com as portas fechadas para a população.

O atendimento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), é apontado como péssimo pela população palmeirense. Contra fatos, mortes, negligência, não existem argumentos.

Abuso

O que a população palmeirense vê é a prática abusiva do escancarado favoritismo, a exemplo de tantos secretários eminentemente biônicos para atender a interesses eleitoreiros.

Sabemos que não é fácil encontrar motivação e entusiasmo quando os ambientes político, econômico e ético parecem estar de ponta-cabeça e nos expulsam da normalidade.  O foco do eleitor palmeirense nessa eleição deve estar no desfeito, no desperdício de recursos e tempo, na falta de cuidado com o bem comum.

O pleito que se aproxima é um reflexo para a eleição de 2020, com características até difíceis de acreditar e muito jogo de interesse.

Já dizia Maquiavel,  “Os homens, quando não são forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição.”

Fiquem atentos!

 

2 comentários sobre “Olho Vivo: A luta pelo poder e os interesses pessoais na combalida Palmeira dos Índios

  1. Obrigação do gestor é de pagar em dias. Saiba Sheila Duarte, que há dez anos o servidor municipal de Palmeira dos Indios não tem reajuste.

  2. É vergonhoso o que ocorre em Palmeira dos Índios: os vereadores, leia-se “empregados do povo”, formam grupinhos para ganhar o poder. Parece até que o presidente da câmera de vereadores é mais importante do que o presidente do Brasil.
    Chega de grupinhos, queremos o “grupo do povo”! Tirem o rabo da cadeira e visitem as comunidades (coisa que só fazem nas campanhas) para saber das necessidades do povo.
    Façam jus ao salário que o povo paga a vocês. Não esqueçam: vocês são meros empregados do povo!
    Por causa de políticos como vocês é que Palmeira continua atolada…

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