OLHO VIVO: Prefeito é acusado de intimidar funcionários em Palmeira dos Índios [Veja vídeo]

Atualizado ás 20h07

Era uma vez um prefeito, eleito para governar uma enorme cidade de um estado nordestino. Para obter êxito em sua campanha, o administrador que tinha nome de imperador, mas que fazia questão de dizer que era plebeu, usou de todas as astúcias enganadoras para conseguir o voto de sua aldeia, cujos habitantes já vinham arrebentados pelas amarguras que lhes foram impostas por gestões precedentes.

Anos passaram, secretários (bobos da corte) foram importados, muito dinheiro foi gasto à-toa, e parte, foi desviada para pagar farras palacianas. E as juras?

Pois bem; deixando a história desse “reizinho” pra lá, até porque não estamos em Roma, e sim em Palmeira dos Índios, juramos que a população está doente, que nos postos de saúde municipais não existe absolutamente nenhuma estrutura, e nem mesmo material para um simples curativo. Enquanto isto, parte do povo está enfermo, outra parte adoecendo, e muitos morrendo. Nas escolas do município, IDEM!

Maldito o imperador que assim se expressou: “É preferível ser o primeiro numa aldeia a ser o segundo em Roma.”

DISCURSO GRAVADO

O prefeito Júlio Cezar (PSB), demonstrou  em discurso durante a posse de professores contratados, o desconforto com as posições assumidas por alguns funcionários públicos que vêm utilizando as redes sociais para criticar a gestão. “Ele diz uma coisa e está fazendo outra”, revelou a fonte que preferiu não se identificar.

No vídeo, o “prefeitinho” sem história política no município ou em qualquer outro lugar, tendo sido apenas um mero vereador, além das grandes ameaças e se glorificando de ter desempregado três professores, desclassifica pessoas de bem que passaram pela prefeitura de Palmeira dos Índios. Quem é o prefeitinho para dizer que em 30 anos, se comete irregularidades na prefeitura? Não respeitando a memória de Gileno Sampaio, não respeitando o ex-prefeito Jota Duarte, não respeitando a memória de Minervo Pimentel, não respeitando a memória de Enéas Simplício!

Prefeitinho “Tabaqueiro”, de política já vimos que não entende nada!

Aliás, eu estava aí, gravei com a minha câmera na mão e você não me viu.

Em certo momento o gestor parece alinhar o discurso a um contexto administrativo, porém, nas entrelinhas não é bem assim. Ele pede fidelidade, diz que os servidores estão entrando em um “momento político, uma campanha” e depois pede fidelidade ao governo. Que tipo de fidelidade?

E quem seria o sistema ao qual se refere? Lógico, que ele e o grupo, composto por secretários “abastados”.

Em seguida fala que a parte dele é pagar, e inconsequentemente, diz que quando assinar o contrato vai cobrar a fatura. Que fatura é essa? A política, na campanha eleitoral?

Dizer que mandou afastar três servidores seria uma tentativa de intimidar?

Os bombardeios que vem recebendo nas redes sociais demonstra o enfraquecimento, do “seu sistema” após vencer com uma votação histórica.

A VEZ DA JUSTIÇA

O abuso de poder adotado por Julio Cezar vem carregado de estratégias de “marketing” para evitar flagrantes do que há de errado em sua gestão. No início dessa semana, o anexo da escola Sidraque Nonato, sem condições mínimas de funcionamento foi denunciada por pais de alunos e funcionários. Lá, faltava estrutura e merenda, o que foi constatado pela reportagem do Estadão Alagoas (VEJA REPORTAGEM).

Após a repercussão do caso, a assessoria de comunicação por intermédio da Secretaria de Educação, divulgou nas redes sociais a inauguração da escola, prevista para a próxima segunda-feira (30), ás 16h, no sítio Boa Sorte.

Trabalhadores submetidos a situações humilhantes e constrangedoras, assim é definido o assédio moral, do qual muitos estão sendo vítimas em Palmeira dos Índios, seja da educação, saúde ou qualquer outra secretaria. Alguns professores que não compactuam com o que existe de errado com a educação de Palmeira dos Índios estão desestabilizados com o ambiente de trabalho e “forçados” a desistir do emprego.

Até mesmo salários de professores contratados pelo município estão vindo pela metade. Uma denúncia feita ao Estadão Alagoas, consta que professores com 30h de carga horária no município, tiveram descontados de seus salários, R$ 500.

A atual gestão vem sendo acusada de explorar escalas hierárquicas autoritárias, onde predominam condutas negativas, relações desumanas e sem ética dirigidas aos subordinados.

Austrelino Bezerra