Polícia esclarece morte de mototaxista e envia inquérito para a justiça

O delegado Robervaldo Davino, titular do 6° Distrito da Capital, concluiu e enviou à Justiça o inquérito policial que investigou a morte do mototaxista Genaldo da Silva Santos, de 34 anos, que sumiu após fazer uma corrida na manhã do dia 6 de março, com início à porta do Colégio Adventista, no Barro Duro, parte alta da capital, onde fazia ponto.

O corpo do mototaxista, já em adiantado estado de decomposição, foi encontrado na manhã do dia 22 de março, em um canavial, em terras da usina Cachoeira do Meirim, na região do Benedito Bentes, após o autor-confesso do crime, Ivanildo Acioli de Mendonça, de 37 anos, levar a polícia até o local do achado. Além do cadáver, também foram encontrados um celular, a jaqueta e a motocicleta da vítima, e ainda a arma usada na prática do crime, uma espingarda de fabricação caseira.

Ivanildo foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. “Apesar de ter sido reconhecido, por meio de vestimentas e objetos encontrados próximo ao local onde o corpo foi localizado, ainda faltam ser entregues pela Perícia Oficial: o resultado do exame de DNA, o laudo cadavérico e o laudo pericial. Mas, por tudo que foi investigado, o crime está totalmente esclarecido”, disse o delegado Davino.

O autor do assassinato foi interrogado no 6° DP, em companhia de seus advogados, e confessou como assassinou o mototaxista, a quem conhecia há muitos anos e morava próximo a sua casa, no Barro Duro.

Segundo ele, contratou a corrida sob a alegação de que iria fazer uma caçada na região da Cachoeira do Meirim. O mototaxista não teria desconfiado de nada, pois sabia que o suspeito gostava de caçar.

Vídeos conseguidos pela polícia mostram o momento em que acusado e vítima conversam para acertar a corrida. Inicialmente, o mototaxista teria dito que não podia acertá-la porque já havia contratado uma viagem com outra pessoa. Antes disso, ainda levou o filho na escola, conforme mostram as imagens.

Somente uma hora depois, ele retorna ao local para apanhar o suspeito e os dois seguem, na moto, pela Avenida Menino Marcelo (Via Expressa) em direção a parte alta da cidade.

De acordo com a versão de Ivanildo, quando os dois chegaram ao canavial, onde seria feita a suposta caçada, houve uma discussão. Foi nesse momento que ele pegou a arma artesanal e praticou o crime, deixando a moto, documentos e até o celular da vítima ali, fugindo em seguida.

O suspeito contou ainda que o motivo do crime seria passional. Ele teria tomado conhecimento Genaldo estaria assediado sua esposa, e por isso resolveu praticar o assassinato.

 

PC/AL

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