Olho Vivo: Crianças são transportadas em carroceria de caminhonete em município investigado pelo MP

Crédito: TV GAZETA

O esforço de estudantes de Mata Grande, no Sertão alagoano, para ter acesso à educação anda ao lado do perigo. Sem alternativas, alunos são obrigados a se locomover em cima de carrocerias de carros velhos e inapropriados para chegar à escola.

As péssimas condições do transporte escolar contrasta com a vida de luxo e riqueza que investigados pelo Ministério Público de Alagoas, acusados de desviar R$ 12 milhões , esses, que deveriam ter sido investidos no transporte da cidade desviados pelo ex-prefeito da cidade, Jacob Brandão (PP), que está foragido.

Ele e mais onze pessoas são suspeitas de envolvimento em um esquema de corrupção milionária. O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Mata Grande, Júlio Brandão (PP), irmão do ex-prefeito Jacob Brandão, também está foragido da Justiça. Informações  dos responsáveis pela Operação Ànomos, Júlio mantinha o mesmo esquema na Câmara Municipal.

Julio e Jacob Brandão estão sendo procurados pela PF.

Os irmãos, Júlio e Jacob Brandão, além do ex-secretário de Finanças, Carlos Henrique Lisboa, estão na lista de inclusão da difusão vermelha da Polícia Federal (PF).

Quem souber do paradeiro dos procurados pode entrar em contato pelo 181.

No esquema criminoso, segundo o MP, os supostos proprietários das empresas Genilda Gomes Lima- ME (Ômega Locações), EP Transportes, Transloc Locação e Serviços e Marcelo Calado dos Santos- EPP (Albatroz), todas de fachada, celebravam contratos fictícios com a prefeitura de Mata Grande para a prestação de serviços de locação de veículos com o intuito de desviar recursos públicos.

As investigações apontam que o desfalque feito nos cofres da prefeitura por Jacob Brandão, em dois anos, foi o equivalente a R$ 6 milhões, o que daria para efetuar a compra de pelo menos 130 veículos.

As empresas concorriam nas licitações, venciam, e depois sublocavam toda a frota exigida pela prefeitura a pessoas físicas, geralmente parentes e correligionários do prefeito. Nos contratos, ficava um percentual de 40% para o pagamento de quem sublocava os veículos e 60% eram divididos entre o prefeito, o dono da empresa e possíveis atravessadores.

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