Proximidade das eleições pode atrapalhar reforma da Previdência, diz Padilha

Eliseu Padilha (Foto: Romério Cunha/Casa Civil/Divulgação)

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quarta-feira (26) que a proximidade das eleições pode dificultar a aprovação da reforma da Previdência. Segundo ele, o pleito de 2018 pode fazer os parlamentares que vão tentar reeleição pensar com mais cautela sobre o tema.

Padilha, que participou de um seminário no Tribunal de Contas da União (TCU), foi questionado por jornalistas sobre a possibilidade de o governo conseguir emplacar a reforma, considerada uma das mais importantes pela equipe econômica.

“A aproximação da eleição faz com que os votos e as posições políticas comecem a ser contagiadas pela perspectiva da eleição ou não. Os parlamentares que buscam reeleição – e a maioria vai buscar – sempre vão meditar”, respondeu o ministro.

Ele também foi questionado sobre se o governo poderá contar, na análise da reforma da Previdência, com votos dos deputados que estiveram ausentes na votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.

Nesta quarta (25), a Câmara decidiu não autorizar o prosseguimento da denúncia para o Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de ter saído vitorioso, o governo teve menos votos do que na primeira denúncia.

“Não podemos dizer que os mesmos votos agora desta rejeição da denúncia serão os votos da Previdência. Têm muitas pessoas que não votaram ontem e têm compromisso com a Previdência. Por exemplo, a bancada do PSDB que, inteira, tem compromisso com a Previdência”, afirmou Padilha.

Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma da Previdência precisa de 308 votos na Câmara. Na votação da denúncia nesta quarta, o governo teve 251 votos favoráveis.

‘Dez passos para boa governança’

No seminário no Tribunal de Contas da União, o órgão apresentou uma lista com 10 medidas sobre “boa governança” no poder público. O TCU elaborou os tópicos e enviou ao governo federal. Nesta quinta, o presidente Michel Temer deve assinar um decreto para que as normas passem a valer para todo o poder Executivo federal.

Entre os dez passos listados pelo TCU estão:

  • Escolha de líderes com competência técnica e idoneidade moral para ocupar cargos públicos. A regra deve valer também para ministros e cargos de confiança;
  • avaliação das necessidades dos usuários do serviço público;
  • modelo de gestão da estratégia nacional que assegure o monitoramento e avaliação de resultados.

 

Fonte G1

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