Mais de mil foliões receberam atendimento médico no Sambódromo

Atravessar os 700 metros da Marques de Sapucaí, cantando, sambando e, muitas vezes, usando fantasias pesadas e quentes não é uma tarefa simples. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, 1.002 foliões precisaram de atendimento médico nos postos da Passarela do Samba durante os desfiles das Escolas do Grupo Especial, no domingo e na segunda-feira.

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Intoxicação alcoólica, crise hipertensiva e torções no tornozelo foram as principais reclamações dos componentes das agremiações e também dos que foram assistir aos desfiles.

“Desfilar na Sapucaí é um teste de esforço. Além do fator físico, não se pode esquecer a carga emocional. Muitas pessoas não estão preparadas e passam mal. É comum, por exemplo, o folião esquecer o remédio de pressão e ter um pico hipertensivo durante o desfile”, explica José Alfredo Padilha, coordenador médico de eventos da Secretaria Municipal de Saúde do Rio.

De acordo com o médico, há ainda os que, por medo de uma reação adversa devido à mistura do medicamento com a bebida alcoólica, decidem suspender o remédio para beber. “A pessoa não pode pular remédio, mas isso acontece bastante”, afirma.

Segundo a secretaria, a maioria dos atendimentos ocorreu na segunda-feira, quando 518 pessoas receberam socorro médico. Domingo foram contabilizados 484 atendimentos. Nos dois dias de desfiles do Grupo Especial, 21 pacientes precisaram ser transferidos para hospitais por apresentarem quadros de maior gravidade.

O número de cariocas e turistas atendidos nos oito postos médicos instalados próximo ao circuito dos blocos não foi divulgado. Procurada pelo site de VEJA, a RioTur informou que não tem os dados. A reportagem procurou representantes da Dream Factory, empresa responsável pela organização e produção do carnaval de rua do Rio, mas não localizou o porta-voz antes do fechamento da matéria.

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