Caso Cícero Ferro: Acusados são condenados a mais de 50 anos

{da1ab415-f046-43dd-ac75-bb28fd50aafb}_réusO juiz Geraldo Amorim condenou quatro, dos cinco acusados de tentativa de homicídio contra o ex-deputado estadual Cícero Ferro. Na sentença proferida por volta das 19 horas, o juiz determinou o cumprimento de 11 anos, 11 meses e dez dias de prisão para José Nilton Cardoso Ferro.

Além dele, foram condenados dois filhos de Zé Nilton: Wagner Macêdo Cardoso Ferro (12 anos, nove meses e dez dias) e Wanderley Macêdo Cardoso Ferro (11 anos, 11 meses e dez dias). O seu sobrinho Jackson Cardoso Ferro, recebeu a maior pena, 14 anos, dez meses e dez dias.

O filho mais novo de Zé Nilton, filhos Waldex Macêdo Cardoso Ferro, foi absolvido das acusações.

Recursos

Após o julgamento o advogado Welton Roberto informou que a promotoria irá recursar contra a sentença alegando que as penas foram brandas e deveriam ser de, no mínimo, 18 anos, já que se tratavam de duas vítimas. A promotoria também vai pedir a condenação de Waldex, que foi absolvido.

A defesa também vai entrar com recurso para pedir a anulação do julgamento por causa de uma falha no julgamento do desaforamento e alegando que a decisão foi contrária as provas que constam nos autos.

Além disso, a defesa também pediu que os condenados aguardem em liberdade até o julgamento dos recusos. Todos os pedidos, tando da acusação, quanto os da defesa, foram acatados pelo juiz Geraldo Amorim.

Resumo do segundo dia de julgamento

O segundo dia de julgamento dos acusados de tentar matar o ex-deputado estadual Cícero Ferro foi marcado pelo debate entre defesa e promotoria. Pela manhã, a promotora Marta Bueno voltou a afirmar que os réus atentaram contra a vida de Cícero Ferro e apontou como prova contundente o laudo pericial que atesta que o carro do ex-deputado foi alvejado com mais de 150 tiros.

Para a promotora, a tese da defesa de que o ex-deputado havia deflagrado o primeiro tiro estaria descaracterizada. Outro detalhe apresentado pela promotoria é que os réus não teriam sidos submetidos a exames de corpo de delito, nem tampouco foram ouvidos pela Justiça.

A promotoria apresentou fotos do veículo de Cícero Ferro crivado de balas por todos os lados e não apenas na frente do carro, como havia dito Zé Nilton, em seu depoimento. Ela também fez os jurados se questionarem o motivo pelo qual a vítima teria saído de casa bem cedo, sem segurança, para buscar um ‘desafeto’, usando apenas uma arma.

Já a defesa dos réus, continuou sustentando a tese de que o primeiro tiro foi deflagrado por Ferro e que os envolvidos teriam reagido. O advogado Raimundo Palmeira também mostrou as fotos do veículo durante a perícia, para sustentar a teoria de que a maioria dos tiros foi disparada contra o motorista do veículo, a julgar pela quantidade superior de marcas de bala. O ex-deputado, no entanto, estaria no banco do passageiro, do lado direito. “Se tivessem deflagrado a quantidade de tiros mencionada o motorista, José Maria, não teria sobrevivido”, argumentou Palmeira.

Ele tentou convencer os jurados que apenas duas pessoas estavam armadas no veículo dos réus e mesmo tento descarregado as armas, o máximo de tiros deflagrados não chegaria a 150. A defesa sustenta que boa parte dos tiros contra o veículo foram deflagrados após o confronto entre os desafetos. “O exagero de tiros veio depois do fato para jogar esses homens na cadeia. Aqueles tiros à esquerda foram deflagrados para prejudicar os réus”, disse o advogado ressaltando que os acusados poderiam ter terminado de matar Ferro em sua fazenda, se essa fosse a intenção.

Palmeira disse também que o caseiro da Fazenda Juazeiro teria negado ter visto outro veículo no local, além do pertencente ao ex-deputado.

Com informações de Alagoas24horas

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