Um ano após tragédia na Boate Kiss, projetos e investigação estão parados

Desde o começo da semana, moradores da cidade gaúcha prestam homenagens aos jovens mortos no incêndio (Carlos Macedo/Agência RBS)
Desde o começo da semana, moradores da cidade gaúcha prestam homenagens aos jovens mortos no incêndio

Quando surgiram as primeiras imagens do incêndio que matou 242 pessoas na boate Kiss, em Santa Maria (RS), na madrugada de 27 de janeiro de 2013, imaginou-se que o país nunca mais seria o mesmo. Na época, houve uma onda de fiscalização nas casas noturnas de todos os estados, muitas propostas de mudanças legislativas, cobrança por uma punição rápida dos responsáveis. E, um ano depois, a pressa não teve resultados. Projetos apontados como a solução para evitar casos semelhantes não entraram em vigor e as investigações não caminharam. Os únicos que deixaram de ser os mesmos são os familiares e amigos e sobreviventes da tragédia.

Naquela noite, um sinalizador usado no show da banda Gurizada Fandangueira provocou as chamas que se espalharam pela casa noturna. Laudo da Polícia Civil do Rio Grande do Sul apontou que o fator determinante para a morte da maioria das vítimas foi a fumaça liberada pela espuma que fazia o isolamento acústico da boate. Os presentes inalaram cianeto e monóxido de carbono e morreram asfixiados. As análises técnicas apontaram também que o estabelecimento, com capacidade para 700 pessoas, abriu as portas para 1.061 frequentadores naquela noite.

 

Por Correio Braziliense

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