Suspeito no caso Bárbara Regina é preso por roubo de carro de luxo
Um dos três suspeitos presos na noite de terça-feira (21) por roubo de carros de luxo em Maceió e Arapiraca é investigado pelo desaparecimento da estudante Bárbara Regina, em setembro de 2012. Moabe Lino Balbino Junior, 24, seria comparsa do principal suspeito no crime. A informação foi repassada pelo delegado Valdir Silva, que comandou a operação, em entrevista coletiva à imprensa na manhã desta quarta-feira (22).
“Entre os suspeitos está Moabe Lino Balbino Junior, envolvido no desaparecimento da Bárbara [Regina]. Acreditamos que ele seja o comparsa de Otávio”, afirmou o delegado. Moabe Lino era apontado pelos delegados que investigam o caso como o responsável pela ocultação do cadáver da estudante.
Otávio, a quem o delegado se refere seria Otávio Cardoso, o jovem que estava com a estudante qundo ela foi vista com vida pela última vez. Câmeras de segurança de uma boate na Ponta Verde registraram o momento em que os dois deixam o estabelecimento juntos.
Quadrilha roubava carros de luxo
Na ação conjunta da polícia, foram presos três homens: Matheus Braga Soares Duarte, 18, Kássio Felipe Farias Gomes, 24, Moabe Lino Balbino Junior, 24. Eles foram detidos em uma residência no bairro do Pinheiro. Um menor também foi apreendido suspeito de integrar o grupo. O irmão dele, também menor de idade e suspeito, está foragido. Os dois ainda são suspeitos de assaltar agências bancárias no interior do estado.
A quadrilha era especializada em roubo de carros de luxo e atuava em Maceió e Arapiraca, no Agreste do estado. O grupo é suspeito de envolvimento no roubo de cerca de 100 veículos. Eles foram descobertos através de investigações realizadas pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC), que ainda apontam que os carros eram entregues para um grupo que ficava em Arapiraca responsável por adulterar os documentos e também os chassis.
“Eles eram especializados em clonagem de veículos, principalmente caminhonetes. O trio roubava e vendia os carros por cerca de R$ 5 mil. Ainda estamos realizando diligências para prender este grupo que ficava em Arapiraca”, disse o delegado Valdir Silva ao lembrar que mais pessoas podem estar envolvidas na quadrilha.
Durante a ação policial, foram apreendidos quatro veículos: Um Honda Civic com placas OEJ-7161, de Aracaju-SE, um Golf com placas NMH-0804 de Águas Belas-PE, uma caminhote Frontier OHD-3546 de Maceió-AL, além de um Corolla PFH-3185 de Paulista-PE.
Segundo o delegado-geral da PC, Carlos Reis, os presos pertencem a um “subgrupo” que tinha como líder o suspeito Ítalo Bruno, preso no ano passado suspeito de liderar 40% dos roubos de veículos registrados em 2013. “Ítalo comandava os roubos na área do Pinheiro e também na Avenida Rotary, onde só ele podia atuar, disse o delegado.
Caso Bárbara
Bárbara Regina desapareceu em setembro de 2012, após sair de uma boate no bairro da Ponta Verde . As câmeras de segurança do estabelecimento filmaram a universitária deixando o local em companhia de um homem identificado como Otávio Cardoso. Esta foi a última imagem da jovem com vida.
Em dezembro, o carro que teria sido usado para levar a vítima foi encontrado pela polícia. O veículo estava com um jovem que foi preso em flagrante por receptação e falsificação de documentos.
A primeira versão da polícia, apresentada vinte dias depois do desaparecimento da estudante, dizia que a ela havia sido estrangulada e assassinada a golpes de punhal por Cardoso. Na ocasião, a suspeita era de que Bárbara havia sido morta porque se negou a fazer sexo com o suspeito.
Em abril de 2013, a polícia apresentou Thiago, que acusou Vanessa Ingrid, suspeita de comandar uma rede de prostituição no estado, de ter sido a responsável pela morte da estudante. Por causa das duas versões apresentadas pela polícia, a família de Bárbara ficou com muitas dúvidas sobre a linha de investigação e pediu ajuda ao Ministério Público para solucionar o caso.
Um carro que pode ter sido usado para levar o corpo da estudante desaparecida, registrado no nome de Moabe Lino Balbino Júnior, foi encontrado em dezembro de 2012 e periciado por uma equipe do Instituto de Criminalística da Polícia Civil. À época, os peritos afirmaram que a demora para a realização do exame poderia interferir no resultado final.
O veículo estava com Antônio Nunes de Brito, 23, que foi preso em flagrante por receptação e falsificação de documentos. Cardoso, principal suspeito pela morte da estudante, continua foragido.
Por G1
