Tenente-coronel Bittencourt deixa comando do 3º BPM de Arapiraca

O trabalho desenvolvido pelo 3º Batalhão de Polícia Militar de Arapiraca, que teve como comandante o Tenente-coronel Wellington Bittencourt, foi destacado devido a várias ações que teve como principal objetivo, conscientizar a comunidade sobre a importância das ações feitas pela PM. O comprometimento em tentar diminuir os índices de violência em Arapiraca foram mostrados por meio dos números que comprovam tais afirmações.

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Em entrevista concedida, o Tenente-Coronel declarou que buscou fortalecer o policiamento preventivo e, quando necessário, ostensivo nos bairros mais violentos, além de disponibilizar as viaturas e também o apoio da Rocam (motos), para os trabalhos. Em contrapartida, ele ressaltou a importância  dos gestores públicos, no que diz respeito a ações sociais nesses bairros, com a finalidade de aproximar a população da polícia.

O diálogo entre a comunidade e policial no cotidiano e principalmente nos momentos turbulentos como, por exemplo, em protestos, podem trazer, como comprovado por meio dos índices apresentados,  resultados positivos.  E isto é exatamente é o que o comandante tentou trazer para Arapiraca desde o início do seu trabalho.

 

A sociedade e a polícia

A aproximação da sociedade com a corporação foi traçada como um dos objetivos desde que Bittencourt assumiu no ano de 2011. Outra meta traçada e também colocada em prática foi a questão do controle dos atos da administração, no que se refere às atividades da Segurança Pública.

Durante entrevista Bittencourt ressaltou que em seu comando sempre buscou o equilíbrio harmônico e salutar entre a PM e a população arapiraquense, garantindo ainda que os trabalhos sempre foram pautados com transparência, moralidade, ética e confiabilidade.

“Queremos mostrar que o policial é um cidadão igual a qualquer outro. Sendo ainda imprescindível valorizar o policial militar antes de promover qualquer tipo de mudança no policiamento. O que a  Polícia Militar tem de melhor é o seu homem que merece, como qualquer outro, condições de vida e de trabalho adequadas, salário dignos, treinamentos, enfim, merece ser valorizado como todo ser humano que trabalha de forma digna e cumpre seu papel perante a sociedade. Justamente por isso, precisamos, de alguma forma acabar de vez com algumas lacunas existentes entre a PM e a sociedade. Temos que buscar evitar confrontos e ter equilíbrio para solucionar da melhor forma possível” afirmou.

 

O desenvolvimento de Arapiraca

Outro destaque dado pelo ex-comandante foi o desenvolvimento econômico, geográfico, populacional de Arapiraca, que de acordo com Bittencourt é uma cidade que não pode mais ser vista como interiorana, destacando em sua fala a necessidade de que sejam analisadas questões como, por exemplo, o pensamento do futuro dos arapiraquenses de forma “macro”, onde haja, cada vez mais, perspectivas de crescimento, investimentos em saúde, educação, esporte, lazer, além da mobilidade urbana e sustentabilidade, que são questões consideradas imprescindíveis para o desenvolvimento de uma cidade do porte de Arapiraca.

 

A segurança pública

Um alerta maior foi dado na questão da segurança pública, pois Arapiraca, é o foco, o ponto central do agreste e sertão do Estado de Alagoas, além de ser a porta de entrada para quem chega de outros estados. Com uma população que tem poder aquisitivo alto.

“Arapiraca me proporcionou um imenso crescimento profissional e pessoal, sem contar com a valorização do meu trabalho. Vislumbro daqui a 3 anos com, a aposentadoria estar em Arapiraca. Quero continuar trabalhando nesta cidade”, declarou.

Os números confirmam o que a população de Arapiraca é capaz de perceber em seu cotidiano o trabalho feito pela polícia com o intuito de melhorar ainda mais as estatísticas, trazendo com isso, uma nova realidade principalmente em locais mais carentes.

 

Novos policiais

A metodologia de trabalho no curso de formação de praças da PM é, de acordo com Bittencourt, focada em tornar o oficial em um parceiro da comunidade, com uma abordagem cidadã e respeitosa. Ao mesmo tempo, o trabalho técnico atua na prevenção de ocorrências, antevendo situações de perigo e evitando que conflitos terminem de forma mais ríspida.

“Todo ser humano quer ser tratado com respeito, e nós devemos ser um exemplo disso. Trabalhamos para a segurança da população. Somos prestadores de serviço, temos consciência do nosso trabalho e o desejo de viver em uma cidade mais segura e igualitária”, disse o ex-comandante.

Os oficiais da Polícia Militar do 3º BPM trabalham em atividade operacional nas regiões circunvizinhas. Suas áreas de atuação englobam desde áreas periféricas até áreas da zona urbana. Em alguns casos predomina o contato com comunidades carentes, se deparando uma diversidade de situações durante o exercício do policiamento. Os policiais, muitas vezes vão em locais considerados violentos, mas também atuam em bairros de classes média e alta.

 

Novas perspectivas

Uma discussão igualmente importante para o Tenente – Coronel é a identificação e percepção dos oficiais a respeito do relacionamento entre a polícia e a população, onde são colocadas as expectativas que atribuem à população, formas de policiamento que consideram mais adequadas a seu trabalho bem como suas propostas para melhorar o policiamento.

Bittencourt disse ainda que, as dificuldades enfrentadas no cotidiano do exercício da função policial devem ser observadas. O local onde o PM vai exercer sua função deve ser levada em conta. Contudo, áreas consideradas “turbulentas” não impediu que os avanços na busca de alternativas de mudança fossem realizadas.

“O problema da falta de credibilidade da polícia perante a população é percebida pelos policiais. Porém, temos que identificar na instituição policial os fatores que dificultam o relacionamento entre população e polícia, pois essa discussão não se reduz a um levantamento de queixas, mas sim, na procura de identificar e relacionar os obstáculos entre polícia e população, bem como os elementos necessários à sua superação. Não podemos admitir que a atividade de um policial fique basicamente limitada ao atendimento de ocorrências. Para tanto, uma série de mudanças são necessárias”, enfatizou.

Na percepção do comandante, por receio ou um certo desinteresse, a comunidade geralmente não participa das questões de segurança, fato que dificulta a colaboração com trabalho da polícia. Com isso, tudo que se refere à segurança é atribuído apenas à polícia e aos órgãos competentes do Estado, faltando conscientização da própria população, que muitas vezes adota uma postura de apenas criticar a PM, sem buscar  o conhecimento das limitações da corporação.

 

Índices do Brasil mais Seguro  

Apesar dessas dificuldades, Bittencourt avalia que o programa do Governo Federal “Brasil mais Seguro” teve índices positivos em Arapiraca, onde foram comprovados os avanços. Diálogo para tentar resolver os problemas junto com a população, ao contrário de uma prática de polícia truculenta e repressora, provoca uma aproximação com a população e tem provocado efeitos positivos.

Por: Roberta Sampaio/Alagoas em Tempo

Um comentário em “Tenente-coronel Bittencourt deixa comando do 3º BPM de Arapiraca

  1. Exemplo de Comando,esta linguagem será difícil da sociedade entender …mas demonstrou resultados e mostrou que os policiais são cidadãos como tds. Prabéns ao Ten Bittencout e o Capitão Anasimandro.

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