Da maranha ao maranhão

Roseana Sarney: que maranha, governadora! (Ed Ferreira/AE)
Roseana Sarney: que maranha, governadora! (Ed Ferreira/AE)

Não se sabe ao certo se o nome do estado que a família Sarney governa há décadas – nome herdado da Capitania do Maranhão, assim batizada em 1535 – tem alguma relação com a palavra maranha, existente em português desde o século XIV e encontrada também em castelhano (maraña).

A ligação com o termo maranha é apenas uma das hipóteses levadas em conta pelos estudiosos na hora de debater a origem do nome do estado. Outra delas é o nheengatumara-nhã, “mar que corre”. Como disse o filólogo Antenor Nascentes, citado pelo Houaiss, “numerosos são os étimos propostos, todos eles não satisfatórios”.

Seja como for, é curioso que maranha, o hoje pouco empregado substantivo comum, tenha uma série de sentidos que giram em torno da ideia de confusão, coisa intrincada, embaraçada, enrolada, ardilosa. Dele – um termo de origem também obscura, provavelmente pré-românica – derivamos palavras de uso corrente como emaranhar e emaranhado.

Também da mesma fonte brotou o substantivo comum maranhão, “mentira engenhosa”, por meio da ideia de uma maquinação de má-fé, uma trama complicada e ardilosa destinada a enganar os incautos.

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