A Rede Record teria proibido suas afiliadas de exibirem a entrevista de Marcelo Rezende em outros programas que não fossem os estipulados pela direção.

De acordo com o colunista Flávio Ricco, a entrevista do apresentador do ‘Cidade Alerta’ – onde ele afirma que está se tratando de um câncer no pâncreas e fígado – foi gerada para todos os estados onde existem afiliadas da Record na segunda-feira, 15, mas com as seguintes instruções: “É para ser usado apenas hoje, no encerramento do ‘Cidade Alerta’ de todos os Estados. Não pode ser reprisado depois em nenhum outro jornal. É para ser usado exatamente como está. Não pode fazer nenhuma edição”.

No entanto, assegura o colunista, a determinação da direção de São Paulo não foi bem assimilada pelas emissoras, que teria mesmo assim mostrado novamente o material em outros programas.

Durante a entrevista do apresentador, Marcelo revelou que estava preparado para enfrentar a doença e seguia firme com muita fé em Deus.

“Eu não tenho medo da morte, porque o homem que tem fé não tem medo, ele sabe que irá vencer”, disse Marcelo Rezende.

De acordo com o jornalista, os primeiros sintomas do tumor – que se espalhou do pâncreas para o fígado – foram cansaço e falta de apetite. “Foi aí que eu pensei ‘estou com alguma coisa no fígado’, porque eu tenho um paladar lascado e um olfato lascado.”

Marcelo contou ainda que seu médico de confiança fez todos os exames necessários e lhe encontrou para dar a notícia. “Com uma cara triste, o médico se aproximou e me disse ‘não tenho uma boa notícia para você'”.

A primeira etapa do tratamento será uma quimioterapia, no entanto, Marcelo não sabe o que virá depois. “Mas eu não quero saber [como será o tratamento]. Não quero ser médico. Não sou médico (…) Não é essa a minha preocupação. A minha preocupação é ficar firme até vencer essa etapa. Se eu vou sair dessa? Vou. Qualquer que seja o resultado eu já saí, porque o homem que ama a Deus não tem obstáculo”, concluiu.

O apresentador contou ainda como deu a notícia para seus cinco filhos. “[Eles] ficaram alucinados, perturbados. Aí eu sentei com eles e falei ‘calma, crianças’. Sou eu quem tenho que acalmá-los. A minha onda foi dizer a eles que não tenham medo, porque o medo deles pode me afetar. E nessa hora eu tenho que pensar em mim. Meu medo, se é para dizer que eu tenho um, era que eu não conseguisse equilibrar meus filhos”, lembrou.