Polícia Federal bate à porta do poder e Alagoas perde o sono


Não cabe, em hipótese alguma, a tentativa de comparar a Polícia Federal à Gestapo, tampouco o discurso de perseguição ou vitimização diante de investigações que seguem o devido processo legal. Esse tipo de retórica não se sustenta diante da trajetória e da atuação da instituição.

A Polícia Federal tem demonstrado, em todo o país, inclusive em Alagoas, que é uma instituição de Estado, com “E” maiúsculo. Atua sem distinção de nomes, cargos ou grupos políticos, não escolhe alvos por conveniência e não se curva a discursos inflamados, bravatas ou tentativas de intimidação.

Os fatos recentes em Alagoas reforçam essa constatação. Basta recordar alguns episódios emblemáticos: o flagrante da maleta de propina em Murici; a operação deflagrada em Brasília que teve como alvo uma ex-assessora do então presidente da Câmara, Arthur Lira, personagem apontada como alguém que “sabia demais”; e a Operação Estágio IV, na Secretaria de Estado da Saúde, cujo objetivo declarado foi extirpar um suposto câncer instalado na estrutura pública.

Há investigações para todos os gostos e campos políticos. Figuras ligadas aos Calheiros, a Lira e ao governo Dantas já sentiram o peso da atuação da Polícia Federal. Diante disso, o caminho encontrado tem sido recorrer aos tribunais superiores, em Brasília, como estratégia de defesa.

Não por acaso, desde a última terça-feira, há muita gente em Alagoas dormindo de sapato. O clima é de apreensão, resultado direto de uma atuação que reafirma o papel da Polícia Federal como guardiã da lei, da ordem e do interesse público, independentemente de quem esteja do outro lado da investigação.

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