Traição nos bastidores: Júlio Cezar vira as costas para Silvio Camelo e muda de lado
Nos bastidores da política alagoana, o nome de Júlio Cezar virou sinônimo de traição, rompimento e jogo duplo. O ex-prefeito de Palmeira dos Índios, hoje secretário do governo do Estado, selou um acordo com o governador Paulo Dantas que o tirou da disputa pela Assembleia Legislativa, mas o colocou no centro de uma das maiores reviravoltas políticas do momento.
Pelo acordo, Júlio se comprometeu a ser candidato a deputado federal e a apoiar Paulinho Mendonça para a Assembleia. Tudo dentro do PSD, partido do governador. Até aí, política como ela é. O problema veio depois.
O grande derrotado dessa articulação foi o deputado federal Marx Beltrão, que tinha apoio fechado com Júlio Cezar e foi simplesmente descartado. Sem aviso, sem explicação e sem cerimônia. Quem acompanha o cenário garante: hoje é impossível colocar Júlio e Marx na mesma mesa. O clima é de guerra fria — e olhe lá.
Mais grave ainda é o que ficou para trás. Até pouco tempo, era dado como certo que Júlio Cezar caminharia com o deputado estadual Silvio Camelo. A aliança era considerada fechada nos bastidores. Mas, como já virou rotina, Júlio mudou de lado na primeira oportunidade.
Entre aliados antigos, o rótulo é pesado e direto: Júlio Cezar virou o Judas da política alagoana. Vendeu acordos, rompeu compromissos e entregou quem confiou nele em troca de um projeto pessoal de sobrevivência no poder.
O resultado desse comportamento é visível e constrangedor. Em Palmeira dos Índios, cidade que governou por dois mandatos, Júlio hoje não tem um único vereador que possa chamar de aliado fiel. Nenhum. Zero. Um isolamento político que diz muito mais do que qualquer discurso.
A pergunta que ecoa nos corredores da política é uma só: quem será o próximo a ser traído? Porque, se depender do histórico recente, lealdade definitivamente não faz parte do vocabulário de Júlio Cezar.
