Renan Filho rompe modelo tradicional e lança CNH sem autoescola no dia 3 de dezembro
O Brasil está prestes a viver uma das mudanças mais profundas no processo de habilitação de motoristas. O ministro dos Transportes, Renan Filho, deve anunciar no dia 3 de dezembro o novo modelo de CNH sem obrigatoriedade de autoescola, uma proposta que promete derrubar custos, abrir espaço para novas formas de aprendizagem e enfrentar forte resistência do setor tradicional.
A medida, tratada como “revolução na formação de condutores” dentro do governo, foi construída após consulta pública que mobilizou milhares de brasileiros ao longo de novembro — a maioria favorável à flexibilização.
O que muda
Pelo novo formato, o candidato à primeira habilitação poderá escolher como se preparar para as provas teórica e prática. Entre as modalidades liberadas:
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Aulas online
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Instrutores autônomos credenciados
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Autoescolas tradicionais — que deixam de ser obrigatórias
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Estudo independente, com material fornecido pela Senatran
As provas no Detran continuam obrigatórias. O que cai é a exigência de cumprir as 20 horas de aulas práticas e o pacote fechado imposto pelas autoescolas.
Impacto direto no bolso do candidato
A equipe técnica do Ministério dos Transportes calcula que o preço da habilitação poderá despencar até 80%, dependendo do estado.
Hoje, o valor cobrado em muitos locais impede milhões de pessoas de regularizar sua situação — e o governo estima que isso alimenta o enorme número de condutores não habilitados.
“Queremos devolver ao cidadão o direito de escolher como aprender”, tem repetido Renan Filho em entrevistas recentes.
Pressão e resistência
A mudança, porém, não acontece sem turbulência. Entidades que representam autoescolas já articulam uma ofensiva jurídica para tentar barrar a resolução, afirmando que o modelo pode prejudicar a qualidade da formação e comprometer a segurança no trânsito.
Nos bastidores, a reação foi considerada “esperada”, mas o governo garante que não recuará.
Lançamento é tratado como certeza
O anúncio em 3 de dezembro está mantido. A resolução já está em fase final de ajustes e deve ser publicada nas semanas seguintes, permitindo que estados adaptem seus sistemas rapidamente.
Se confirmado, o Brasil se tornará um dos poucos países do mundo a permitir que o processo de formação para dirigir seja totalmente flexível e não vinculado a escolas credenciadas.







