Gastos da gestão Júlio Cezar com viagens e diárias ultrapassam R$ 1,8 milhão entre 2021 e 2024

Entre 2021 e 2024, a Prefeitura de Palmeira dos Índios tratou o dinheiro público como se fosse um cartão de crédito sem limite, daqueles que a fatura só chega para o povo pagar. Foram anos de gastos que chamam atenção não pela eficiência, mas pela criatividade: contratos que aparecem como solução mágica, serviços que ninguém viu acontecer e valores que crescem mais rápido do que a cidade.
A gestão de Júlio Cezar em Palmeira dos Índios registrou um total de 1.892.119,91 reais em gastos com viagens e diárias entre os anos de 2021 e 2024. Os dados mostram que houve aumento constante nas despesas ao longo do período e que a maior parte do dinheiro saiu diretamente da Prefeitura Municipal.

Do total, 1.396.626,64 reais foram destinados a viagens e 495.493,27 reais foram pagos em diárias.
O ano de 2023 foi o que apresentou o maior gasto. Apenas com viagens, a administração desembolsou 484.299,33 reais, o valor mais alto de todo o período analisado.
A Prefeitura Municipal concentrou a maior parte das despesas. No acumulado dos quatro anos, o órgão utilizou 1.424.225,71 reais em viagens e diárias, o que representa quase três quartos de todo o valor gasto pelo município.
As secretarias também tiveram despesas significativas. A Assistência Social somou 229.654,42 reais. A Educação registrou 122.580,14 reais. A Saúde contabilizou 108.819,64 reais. A SMTT teve despesa menor, totalizando 6.840,00 reais somente em diárias.
A análise dos números mostra que as despesas cresceram ano após ano e que não houve divulgação detalhada sobre o motivo das viagens, quem participou dos deslocamentos ou quais resultados foram trazidos para o município. A falta de informações completas dificulta avaliar o retorno desses gastos para a população.
Os valores apresentados reforçam a necessidade de mais transparência e controle dos recursos públicos, especialmente diante do fato de que quase 2 milhões de reais foram utilizados apenas para viagens e diárias ao longo da gestão.
Enquanto a população enfrentava problemas básicos como água faltando e saúde capengando, os cofres do município pareciam ter outra prioridade. A cada ano, surgiam novos números que mais pareciam exagero do que investimento. E quando alguém perguntava onde estava o retorno desses gastos, a resposta vinha no pacote tradicional, justificativas genéricas ou aquela velha promessa de que “o benefício estava em obras de calçamento”, que em breve traremos em outra matéria.
No fim, o período de 2021 a 2024 deixou uma impressão clara. A prefeitura gastou muito e explicou pouco. A população, que esperava transparência, recebeu apenas a confirmação de que Palmeira dos Índios continua pagando caro por um show administrativo que ninguém pediu para assistir.






