Familiares de pacientes psiquiátricos se mobilizam para garantir atendimento em hospitais de Maceió

Protesto no MP cobrou apoio para o não fechamento de unidades (Foto: Carolina Sanches/G1)

Temendo a suspensão do atendimento a pacientes psiquiátricos nas unidades de internação em Maceió, familiares de pacientes se mobilizam na manhã desta quinta-feira (26). Eles fizeram um ato em frente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e depois no Ministério Público de Alagoas (MP-AL).

Segundo os familiares, dois hospitais já deixaram de receber pacientes e atualmente os únicos que fazem esse tipo de atendimento, a Casa de Saúde e Clínica de Repouso Ulisses Pernambucano e a Casa de Saúde Miguel Couto, estão ameaçando fechar por falta de recursos.

Antonia Graciele da Silva disse que seu marido tem problema crônico e está internado na Miguel Couto. Ela falou que foi informada que a unidade tem uma lista de pacientes que serão liberados.

“Falaram que vão ficar em casa e depois o atendimento será no Centro de Atendimento Psicossocial (CAPs). Não tenho como manter meu marido em casa, ele precisa da internação, por isso estamos buscando que não deixem sair”, comentou.

Na mesma situação de Antônia está Maria José de Melo Lins. Ela disse que os hospitais não conseguem manter pacientes do Sistema Único de Saúde porque a diária paga é de R$ 49,70.

“A secretaria quer diminuir o número de pacientes para reduzir custos. Mas se isso acontecer as unidade fecham porque já é difícil manter com esse valor. E como elas sobrevivem mais do SUS, vão acabar fechando como acontecei com o Portugal Ramalho”, falou.

Os manifestantes dizem que uma comissão se reuniu com o secretário de Saúde Thoman Nonô e ele negou que ter essa lista para fechar as unidades, mas mesmo assim foram ao MP para tentar uma audiência com a promotora Micheline Tenorio para discutir o assunto.

A assessoria da SMS informou que vai encaminhar uma nota sobre o assunto.

Parentes de pacientes dizem que não têm como mantê-los em casa (Foto: Carolina Sanches/G1)
Parentes de pacientes dizem que não têm como mantê-los em casa (Foto: Carolina Sanches/G1)

 

 

 

Fonte G1

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