Pai e filho se reencontram após 24 anos separados; Veja vídeo

CARLOS ALBERTO JR. Especial para Estadão Alagoas
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Um reencontro emocionante e marcante entre pai e filho aconteceu no último dia 13 de fevereiro na cidade sergipana de Aracaju.
O jovem Wellington Araújo Vieira, de 26 anos, conseguiu rever seu pai, Valtemiro Vieira do Amaral, de 49, após 24 anos de distância. Os dois praticamente ainda não se conheciam. Isso porque Valtemiro separou-se da então esposa quando o jovem ainda era um bebê, com apenas dois anos de vida. Logo após a separação, a mãe de Wellington saiu do estado de Sergipe, e mudou-se para a cidade de Maringá (PR) levando seu filho.
Desde então, Valtemiro perdeu contato com o filho e chegou a entrar em depressão pensando, inclusive, em cometer suicídio. Seu conforto foi encontrado numa igreja onde conheceu sua atual esposa, com quem tem mais três filhos.
Poucos anos depois, já com dois filhos nascidos, o casal mudou-se para o Estado de Sergipe, onde residem até hoje. Mesmo com a nova família constituída, “Miro”, como é mais conhecido, continuou aflito pela ausência do filho mais velho.
De acordo com o jovem Wallison Oliveira Vieira, de 21 anos, segundo filho de Valtemiro, conta que o pai recebeu uma ligação do filho ausente pedindo como presente de aniversário uma ligação, o que foi de imediato atendido.
Devido à rotina agitada, pai e filho não puderam se encontrar até então. Porém, há dois anos, durante a caravana da Cooperativa Agropecuária Regional de Palmeira dos Índios (Carpil), que sai com sua caravana da cidade rumo ao tradicional Show Rural da Coopavel que acontece anualmente em Cascavel, também no Paraná, Wallisson Oliveira, que reside em Estância, conheceu seu irmão que reside em Maringá, após relatar a situação aos representantes da Carpil.
Dois anos depois, o reencontro de Valtemiro e Wellington foi possível graças ao programa “Encontro do Filho Ausente”, criado pela intercooperação entre a Carpil e a Coopevel, há cerca de 20 anos.
O presidente da cooperativa palmeirense, Luciano Monteiro, disponibilizou o transporte para Wellington finalmente conhecer seu pai e seus irmãos ainda desconhecidos e ele acabou por retornar à Sergipe com a caravana da Carpil.

O pai do jovem não conteve as lágrimas quando viu o filho já adulto. O abraço emocionante foi compartilhado pelos dois outros filhos. A emoção silenciou o reencontro, mas palavras se tornaram desnecessárias naquele momento. “É um sonho estar revendo ele. Sofri muito. Todos os dias eu pensava em reencontrá-lo”, desabafou, sem conseguir se separar do filho.
Hoje casado e com três filho, o jovem Wellington não pretende mais ficar longe do pai. “Tinha esperança. Não tem como definir esse momento”, falou.
Ele pretende mudar-se para a cidade sergipana já nos próximos meses. Emocionado, o presidente da Carpil, revelou a sua satisfação com o momento. “Esse foi o mais marcante de todos. Só sabe quem vive. Imagino como é passar 24 anos sem ver o filho. Eles se reencontraram e nós fizemos a ponte. Ficamos até sem palavras vendo esse reencontro”, disse Luciano Monteiro.

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