Disputa: Quadro político em Palmeira para 2018 com vistas a 2020 após resultado de 2016

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Após a instituição de eleições no Brasil a cada dois anos, ficou patente a relação e a influência que um processo eleitoral exerce sobre o seguinte. Os resultados de cada pleito que se finda, normalmente, sugerem como poderão ser os próximos. Muitas vezes até derrotas partidárias ou mesmo de candidatos servem para que os “altos e baixos” façam parte da dinâmica da política. Quem fica por baixo hoje, poderá estar por cima amanhã. Para isso é premissa básica que grupos políticos se mantenham coesos e que, mantendo fortes as suas siglas partidárias, preservem suas bases eleitorais, seja junto ao povo, seja no ambiente de seus partidos, coligações e lideranças.

Por exemplo, em Palmeira dos Índios, existem perguntas que não vão calar tão cedo: quem estaria ao lado de quem? Quem levaria vantagem sobre quem no decorrer dos próximos processos eleitorais, sejam estaduais ou municipais; majoritários ou proporcionais?

Ribeiros (James) e Gaias (Val), que estiveram juntos há mais de vinte anos, protagonizam, desde a mais recente campanha eleitoral, uma acirrada disputa por espaço e manutenção de seus respectivos grupos, visando, em primeiro plano, a não perderem força para a disputa estadual de 2018, o que certamente refletiria no próximo pleito municipal de 2020.

Segundo informações de bastidores, o deputado estadual Val Gaia (PSDB) já tem espaço considerável e garantido na próxima gestão municipal, que espera contar – pelo menos em princípio – com número considerável dos 15 vereadores, entretanto, como é praxe na política brasileira como um todo, com o “andar da carruagem”, o quadro poderá ir mudando de aspecto aos poucos. Como reza a cartilha de todo regime democrático de direito, sem oposição não existe debate. São apenas decisões impostas e unilaterais.

Paralelamente, o ainda prefeito James Ribeiro agarra-se ao PMDB com unhas e dentes, pois mantém ao seu lado, pelo menos na palavra – e que só na palavra não funciona – seus companheiros partidários e candidatos a vereador que, mesmo perdendo as eleições somaram número expressivo de votos, precisam se manter politicamente, e só se preserva isso com apoio. Suas bases precisam ser mantidas e, para isso, tem contado com o apoio, exclusivo, em Palmeira dos Índios, do governador e do senador, Renan Filho e Renan pai, respectivamente. Acredita-se que James pode, com sua atual relação estreita com o governo do Estado, conseguir acomodar seus melhores aliados do PMDB em alguns cargos, tentando se adequar à dura realidade e finalidade de manter inteiras as suas bases, já que é sabido e comentado por muitos que James, como administrador não considera nem ajuda a ninguém. Mas, ainda segundo bastidores do próprio prefeito, se passar a bola  para seu irmão, Lucas, assumir algum cargo de importância em nível de Alagoas, a história pode ter um rumo mais satisfatório para suas bases. Poderia inclusive, de acordo com comentários de sua “cozinha”, acomodar essa estrutura. Lucas, inclusive deverá conseguir coordenar esse palanque dos Ribeiros. Não é de agora que as opiniões firmes e posições, consideradas por grande número, principalmente de correligionários, como coerentes de Lucas Ribeiro, tem sido um diferencial na condução das decisões de seu grupo. Ainda, de acordo com opinião de pessoas ligadas ao grupo, que preferem não se identificar, se o seu irmão tiver a humildade de pelo menos dividir os direcionamentos, “a coisa anda”.Sabe-se que hoje, abertamente, aliados desse grupo, se dizem Val Basilio, Sérgio Passarinho, Daciel, Cicero Filho, Roberto Cândido, Ernandes da Saúde, sendo este o único grupo a começar a preparar o palanque dos “Renans”, que acreditam que o nome do filho do ex-prefeito Helenildo Ribeiro sairá forte para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa, do que muitos discordam. Analistas afirmam ainda que o palanque de James seria ocupado por Renan Filho, governador, Renan pai, senador, com a participação talvez de Teotônio Vilela Filho, também pretenso candidato a senador, Pedro Vilela, federal e James Ribeiro, estadual, todos na disputa. Quanto a presidente da República não há nomes ainda.

O palanque de Val arrisca-se no momento apenas com ele para reeleição, e os demais ainda se definirão por meio das alianças que mantém com o prefeito eleito, Júlio Cezar. Mas acredita-se que esse processo logo será definido, quando comporiam ainda seu palanque em Palmeira, seu pai Edval, seu irmão Rodrigo e Salomão Torres, estes representando a sua base mais fiel. Vale salientar que, como não se sabe ainda ao lado de quem seguirão os vereadores eleitos, resta saber se James segura sua base aí como está ou se Val Gaia puxa alguns para acomodar. Esperemos.

Comenta-se ainda nas “rodas” políticas – sobre o que já existem até apostas – o que também se tornou uma questão pessoal, que Val e James, cada um acredita ter maior densidade eleitoral que o outro em 2018, especificamente em Palmeira, o que lhes serviria de referência e certamente os credenciaria para o fortalecimento de seus nomes e seus grupos com vistas à sucessão municipal de 2020.

Na verdade, o embate gira principalmente em torno de PSDB e PMDB. É pagar para ver.

 

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