Dia de Tiradentes: Feriado celebra Inconfidência Mineira

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O dentista Joaquim José da Silva Xavier é considerado um herói nacional que lutou pela liberdade e independência do Brasil.

Rio de Janeiro

Desde 1965, no dia 21 de abril celebra-se no país o Dia de Tiradentes. O feriado nacional é em homenagem a Joaquim José da Silva Xavier, que foi enforcado e esquartejado em 1792 devido ao envolvimento com o movimento da Inconfidência Mineira, que reclamava a independência do Brasil.

Além da profissão original de tropeiro, ele foi assim reconhecido pela habilidade em lidar com problemas dentários, tendo até uma pequena maleta com alicates de extração de dentes, segundo historiadores. Joaquim realizou trabalhos em diferentes profissões, foi médico prático e mascates, no entanto, destacou-se na região onde morava pela habilidade que tinha em tirar e colocar dentes feitos por ele mesmo, recebendo, inclusive, o apelido.

Tiradentes se uniu ao regimento dos Dragões de Minas Gerais como alferes (cargo militar da época colonial) em 1775, mas desistiu da carreira militar em 1787 e foi para o Rio de Janeiro. Na nova cidade, conheceu líderes de um movimento de independência. Ao voltar a Minas já tinha planos de transformar São João Del Rei na capital do país, libertar escravos nascidos no Brasil, mudar o governo para uma república, entre outros sonhos.

Tiradentes foi enforcado
Todos os inconfidentes foram presos. Tiradentes foi apanhado no Rio de Janeiro. O processo estabelecido contra eles e os subsequentes julgamentos e sentenças só terminaram em 1792, no dia 18 de abril. Os principais líderes receberam a pena do banimento, isto é, foram expulsos do país. Tiradentes, ao contrário, foi enforcado no dia 21 de abril ao som de discursos que louvavam a rainha de Portugal. Seu corpo foi esquartejado e sua cabeça exibida na praça principal da cidade de Ouro Preto.

Após a Independência do Brasil e, principalmente, após a Proclamação da República, a imagem de Tiradentes começou a ser recuperada e louvada como um dos heróis da nação ou como um dos que primeiramente lutaram (até a morte) pela liberdade.

Inconfidentes lutaram pela liberdade
Os inconfidentes de Minas Gerais geralmente integravam, com exceção de poucos, a elite cultural e social daquela região (como era o caso do poeta Tomás Antônio Gonzaga) ou então ocupavam postos militares ou exerciam profissões liberais, como era o caso do referido Tiradentes. O que dava unidade ao grupo eram ideias como a de liberdade e igualdade (ideias essas que também fomentaram a Revolução Francesa, em 1789), além do anseio pela emancipação e independência com relação à Coroa Portuguesa, à época governada pela rainha D. Maria, “A louca”.

Os planos de insurgência contra o governo local em Minas, representado pelo Visconde de Barbacena, foram articulados em 1788 e tiveram como estopim a política de cobrança de impostos sobre a produção aurífera e sobre os rendimentos que ganhava cada pessoa que compunha a população de Minas Gerais. Esse último imposto era conhecido sob o nome de “derrama”. Apesar de terem uma organização bem elaborada, os inconfidentes acabaram por ser delatados por Silvério dos Reis, um devedor de tributos que, com a denúncia, acreditava poder sanar suas dívidas com a coroa.

 

 

Fonte: Notisul

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