Contra o preconceito e a ‘cura gay’, grupos LGBT realizam marcha na orla de Maceió

Manifestação atraiu atenção de quem passava pela orla (Foto: Jonathan Lins/G1)

Liberdade de expressão, de pensamento e, principalmente, direitos iguais na sociedade. A 6ª edição da Marcha LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) foi realizada neste domingo (24) em Maceió, na praia de Pajuçara, com objetivo de acabar com o preconceito.

A manifestação se concentrou em frente a feirinha do artesanato, e seguiu em passeata até a Praça Multieventos com muita música, bandeiras coloridas, rostos pintados e palavras de ordem.

Namoradas se beijam durante marcha LGBT na capital (Foto: Jonathan Lins/G1)

Namoradas se beijam durante marcha LGBT na capital (Foto: Jonathan Lins/G1)

Namorando há pouco mais de um ano, Darle da Silva, 18 e Yasmin Araújo, 18, participam pela terceira vez desse tipo de evento. “A gente vem para lutar pelos nossos direitos, para dizer que a gente não é diferente de ninguém”, falou Yasmin.

Para o presidente do Grupo Gay de Maceió, Messias Mendonça, a marcha é uma mais uma maneira de mostrar que a comunidade LGBT também está presente na sociedade.

Na última segunda-feira (18), a Justiça do Distrito Federal passou a permitir que psicólogos tratem a população LGBT como doentes, liberando a realização de “terapias de reversão”, a chamada “cura gay”.

“O que está acontecendo é um verdadeiro retrocesso. Recebemos esse punhal no peito, essa cura. Então estamos aqui com objetivo buscar mais respeito, reivindicar nossos direitos”, falou.

Concentração aconteceu na tarde deste domingo (Foto: Jonathan Lins/G1)

Concentração aconteceu na tarde deste domingo (Foto: Jonathan Lins/G1)

Violência

Segundo Mendonça, Alagoas já teve 12 mortes envolvendo transexuais apenas no primeiro semestre deste ano. O número é o dobro do registrado em todo o ano de 2016.

Graças ao índice de violência, o estado ocupa hoje o 3º lugar no ranking brasileiro de crimes homofóbicos.

A diretora do departamento LGBT do Ministério dos Direitos Humanos, Marina Raidel, explica que o número pode ser ainda maior. “Há esse registro feito pelos grupos de cada estado, mas muitos ainda deixam de ser contabilizados”, completou.

Casos de violência e preconceito e violação dos Direitos Humanos podem ser denunciados através do Disque 100.

Fonte G1 AL

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