‘Cena de filme’, diz morador que ficou na ‘linha de fogo’ em ataque em SP

carro_forte“Foi uma cena de filme. Parecia ação de cinema. Muitas pessoas ficaram com medo e deram ré para sair do local”. O relato é do locutor Cláudio Souza, de 40 anos, que passava pela Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, no limite entre Miracatu e Pedro de Toledo, no interior de São Paulo, quando criminosos utilizando armamentos de guerra bloquearam todo o trânsito, atacaram um carro-forte e fugiram, em poucos minutos, com todo o dinheiro.

O crime aconteceu por volta das 21h desta terça-feira (10). Os suspeitos, que estavam em dois carros, fizeram uma emboscada em um trecho da pista que estava em manutenção. De acordo com a polícia, o grupo utilizava armas de guerra, como a “.50”, para fazer o blindado parar. Em pânico, motoristas tentavam fugir da zona de perigo.

Em entrevista ao G1, Souza revelou que estava voltando para casa, no sentido Miracatu, quando funcionários que estavam trabalhando na pista começaram a pedir para que os veículos encostassem. “Ficamos bem próximos ao local. Coisa de 200 metros. Deu para ver os carros parados na pista e fumaça saindo. De início achamos que era um acidente mas, rapidamente, observei que havia um carro-forte parado no local. Vi os disparos”, lembra.

Segundo policiais que atenderam a ocorrência, os veículos emparelharam com o carro forte e começaram a atirar de fuzil. Quatro seguranças estavam no carro-forte e foram obrigados a fugir para o matagal. O cofre foi explodido e o dinheiro levado. Ninguém se feriu. “Houve uma explosão muito forte e correria. Vi os bandidos correndo com os malotes e dando tiros para cima. Eles entraram nos dois carros e fugiram no sentido BR-116”, relata Souza.

Os carros foram abandonados poucos metros depois, atrás de um posto de gasolina na beira da estrada. O assalto foi praticado em um dia em que obras eram feitas na área e, por isso, a velocidade da pista estava reduzida para cerca de 30 km/h em determinados trechos. “Foi algo bem planejado, bem arquitetado e feito por profissionais. Não houve amadorismo. A polícia demorou muito para chegar ao local. Muita gente fugiu dando ré e indo na direção contrária”.

De acordo com o locutor, a sensação de ficar parado no local observando a ação dos bandidos foi de impotência. “Me senti bastante inseguro. Estava em um momento de lazer com a minha família e vimos a quadrilha arrombando o carro forte. Alguém poderia ser atingido por uma bala perdida. Após a ação, muitos curiosos começaram a filmar e tirar fotos. O carro estava totalmente detonado”, finaliza Souza.

De acordo com informações da polícia, ainda não é possível saber a quantia exata levada pela quadrilha. As investigações já estão em andamento mas, até a publicação desta reportagem, nenhum dos suspeitos foi identificado ou preso.

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