Bárbara Paz se prepara para lançar “Corredor polonês”, um documentário sobre Héctor Babenco

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Poucos processos deixam tão pouco espaço para as palavras quanto o luto. O recolhimento é o caminho mais comum, o tempo, apontado como a única cura. Mas o ser humano tem, realmente, muitas formas diferentes para lidar com tudo. Bárbara Paz escolheu não se recolher por completo. Mais: escolheu seguir com um trabalho que, no lugar de tirar sua atenção da dor, a transformaria. Não era hora de dar um tempo em tudo. Era hora de seguir com o documentário Corredor polonês, uma cinebiografia do cineasta Héctor Babenco, seu marido, que morreu em 13 de julho de 2016.

O filme começou a ser feito com Babenco ainda vivo, mas já ciente do delicado momento que enfrentava em sua saúde. Essa consciência emerge nas palavras do diretor em todas as cenas de um vídeo de aproximadamente 10 minutos de duração. E fica claro, na objetiva explicação de Bárbara, que este será, de certa forma, o tom do documentário: “O filme é sobre a finitude”.

Corredor polonês está em fase de montagem, mas muita coisa ainda acontece dentro da cabeça de Bárbara: “Tudo pode mudar, afinal, como dizia o Héctor, o homem é uma verdade e uma mentira ao mesmo tempo”. Mesmo o título, quem sabe. “É Corredor polonês, que já virou Monsieur Babenco, que talvez vire This is the man…”, conta.

Pensando sobre a vida e a morte em um hospital em Paris. Reprodução

Fonte: Douglas Vieira/ Revista Trip

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